A Era da Exposição

Novembro 1, 2008

Estamos vivendo em um mundo onde a aparência é o que mais importa. A estética acaba sendo mais valorizada do que o próprio conteúdo ou função de um objeto ou do que a personalidade ou o conhecimento de uma pessoa.

Porém, as pessoas estão tentando passar um pouco do que elas são pela própria aparência, pelo modo como se vestem ou até pelo corte de cabelo. É como se fosse a construção de uma imagem que pudesse passar o máximo de informações possíveis sobre algum conteúdo.

De acordo com o texto “Vivemos em Plena Era da Exposição”, do professor Éric Messa, esta construção de uma imagem acontece também no mundo virtual, onde usuários acabam montando uma espécie de cenário em sites pessoais ou blogs que traz traços que possam identificar algo sobre aquela pessoa.

Na construção de perfis em sites de relacionamento isto fica ainda mais evidente. É como se aquele perfil refletisse o usuário virtualmente já que nele existem fotos, textos e, no caso do Orkut, até comunidades que conseguem dizer muito sobre uma pessoa como, por exemplo, a idade dela, sua aparência física, suas aspirações, seus desejos, suas preferências, entre outras coisas.

O ponto é que, com tudo isto disposto na internet, qualquer um pode ter acesso a conteúdos particulares. Aquilo que antes poucos sabiam sobre uma determinada pessoa acaba se tornando público e muitos também passam a ficar sabendo.

Porém, no caso de sites de relacionamentos, sites pessoais e blogs, o usuário tem consciência de que tudo o que ele colocar nestes espaços vai ficar exposto e, talvez por isto, em muitos casos, as pessoas resolvem mentir ou omitir alguma coisa por uma simples questão de aceitação em algum grupo, por exemplo.

Lógico que existem casos em que fotos nossas, nossos nomes ou mesmo algo sobre a gente é publicado e, muitas vezes, nem ficamos sabendo. Nesta situação, não há muito o que ser feito, pois, exceto que você conheça a pessoa, não tem como possuir um controle sobre quem está publicando algo sobre você, diferentemente do controle que você pode ter ao montar o seu próprio perfil, onde você pode selecionar o que vai ser acrescentado ou não.

No caso de reality-shows e de campanhas publicitárias que interagem com o consumidor, todos os participantes também têm consciência da exposição a qual estão sujeitos.

Enfim, tudo o que somos ou tudo o que fazemos está cada dia mais sujeito a algum tipo de exposição, tendo a gente consciência disto ou não. O nosso particular está se tornando cada vez mais público, e isto aparenta não ter saída.

Agora, parece que só nos resta uma adaptação a esta tal de “Era da Exposição”.

A propaganda eleitoral gratuita mal voltou e já está terminando. Desta vez, os candidatos eleitos para o segundo turno, Gilberto Kassab e Marta Suplicy, têm um espaço de 10 minutos cada um para expor suas propostas. O tempo de cada um aumentou já que agora só restam dois candidatos, porém, parece que ao invés de aproveitar o tempo para investir em propostas, os candidatos preferem continuar se atacando.

Na reta final e desesperada para conseguir vencer Kassab, que é apontado como vencedor das eleições segundo as pesquisas, Marta Suplicy está utilizando praticamente todos os seus 10 minutos do horário eleitoral para atacar seu adversário. Na última quarta-feira, dia 22 de outubro, a campanha da petista foi toda baseada em uma lista de críticas contra o atual prefeito, mostrando as contradições entre o que Kassab fez e o que ele diz nas propagandas. Já na campanha de hoje, Marta mostrou que o Ministério Público deu parecer favorável à ação que envolve a impugnação da candidatura de Gilberto Kassab. Vale lembrar também da propaganda de Marta que foi punida, logo no início das campanhas do segundo turno, que fazia referência à vida pessoal do candidato adversário.

Kassab também não deixa de atacar a candidata, mas isso ocorre de uma forma mais equilibrada durante os seus 10 minutos no horário eleitoral. O candidato continua com a estratégia de fazer musiquinhas que são rapidamente decoradas, mas agora estas também são utilizadas para criticar a adversária. Durante a campanha do candidato também são apontados alguns erros de Marta Suplicy, mas estes ocupam um curto espaço de tempo no início e no final da propaganda do atual prefeito.

A verdade é que cada um dos candidatos está mostrando de tudo um pouco em suas campanhas para conseguir ganhar as eleições: propostas coerentes, propostas inviáveis, críticas e o apoio de populares e famosos. A crítica feita por um é rebatida com uma nova crítica para o outro e, assim, parece que a lista de acusações de ambos não terá fim.

Agora cabe ao eleitor avaliar qual dos candidatos sofreu menos acusações ou qual sofreu acusações mais amenas, já que as propostas coerentes nas campanhas são raras.

A internet possibilita que as pessoas se expressem livremente, que elas falem o que quiserem sobre o que quiserem, principalmente em espaços virtuais como o Orkut, o Twitter e blogs no geral. Com esta liberdade, os internautas também podem falar, bem ou mal, sobre algumas empresas ou marcas e, justamente por este motivo, as empresas devem estar cada vez mais antenadas sobre o que está sendo dito e discutido sobre elas no espaço virtual, pois tudo o que for colocado na internet, referente a elas, vai passar uma imagem, positiva ou negativa, para muitas outras pessoas que têm acesso a tais conteúdos.

Como mostra a notícia “Empresas rastreiam imagem na web”, publicada no jornal “O Estado de São Paulo” em 06 de outubro de 2008, agora existem agências de relações públicas e empresas especializadas em mídia online que oferecem serviços, respectivamente, de monitoramento online da imagem de empresas e da imagem de clientes. Com isso, a empresa consegue ter uma noção maior se a imagem que os clientes internautas têm dela é boa ou precisa ser melhorada e pode também entender melhor seus clientes, tentando sempre aprimorar seus produtos para satisfazê-los.

Desta maneira, as empresas acabam entrando em um ciclo, pois, conhecendo melhor seus consumidores na internet, elas vão sempre tentar uma adequação dos produtos e serviços ao perfil destes clientes para que eles fiquem satisfeitos e façam bons comentários sobre a empresa em questão, construindo uma boa imagem para ela. Com uma boa imagem na internet, outras pessoas podem se interessar pela empresa e também podem se tornar consumidores. Estes novos consumidores também devem ser estudados para que eles também possam ficar satisfeitos e, assim, façam bons comentários e mantenham a boa imagem da empresa. 

Por isso as lojas virtuais são um ótimo negócio para as empresas que possuem uma boa imagem para os clientes internautas, pois todos podem deixar seus comentários sobre o que acharam do produto e, com bons comentários, as chances de atrair novos compradores, aumentando as vendas, são muito grandes.

Muitas comunidades e muitos perfis no Orkut, conteúdos de blogs e discussões no Twitter estão no alvo do rastreamento feito pelas empresas para que estas consigam sempre mais detalhes que possam melhorar a imagem, aumentar as vendas e, conseqüentemente, aumentar o lucro delas.

Acho que este monitoramento virtual é muito bom tanto para o consumidor quanto para a empresa, pois, mesmo que visando o lucro, a empresa vai atender às necessidades dos seus consumidores, mostrando até um certo respeito por eles. Satisfazendo seus clientes, a empresa também consegue uma boa imagem, consegue mais clientes e aumenta as vendas, gerando ainda mais lucro para ela.

Neste processo acaba acontecendo uma espécie de acordo entre empresa e consumidor, algo que é raro e difícil nos dias de hoje.

Na última quinta-feira, dia 2 de outubro, acabou o horário eleitoral gratuito. Muitos estão felizes por não serem mais obrigados a ver na tv aberta meia hora de propagandas de conteúdos duvidosos, cheio de musiquinhas que não saem da cabeça e promessas que, infelizmente, em sua maioria, serão esquecidas.

Todos comentaram o bom desempenho das propagandas de Gilberto Kassab, que tinha uma ótima imagem, músicas bem elaboradas para ficar na cabeça do espectador e conteúdos muito bem planejados. O pior é que parte dos eleitores votam ou deixam de votar em um candidato pelas propagandas que eles apresentam.

Claro que a propaganda dos políticos é necessária para que eles divulguem seus trabalhos, seus objetivos, suas idéias e propostas, mas acredito que a estética da propaganda não deveria influenciar os eleitores. Talvez, a votação poderia ser mais “verdadeira” se as propagandas fossem todas padronizadas esteticamente, porque aí sim os eleitores seriam obrigados a focar apenas no conteúdo delas e não darem seus votos pela beleza das campanhas dos candidatos.

Marta Suplicy já pediu aos eleitores que não votem em “propagandas coloridas”, se referindo à campanha de Gilberto Kassab, que votem pelas propostas dos candidatos. Já Geraldo Alckmin acredita que agora, com o fim da propaganda eleitoral gratuita, ele tem maiores chances de passar Kassab alcançando o segundo lugar das pesquisas já que a propaganda de Kassab tinha uma maior fixação na mente das pessoas.

O horário eleitoral terminou na quinta-feira justamente para o eleitor ter 48 horas para refletir sobre quem irá votar sem ser perturbado com propagandas estratégicas.

As campanhas e os políticos fizeram sua parte. Com o primeiro turno das eleições no próximo domingo, dia 5 de outubro, vamos ter a oportunidade de comparar se os mais votados foram os que fizeram melhores campanhas ou não. Às vezes pode ser uma mera coincidência, outras vezes não.

Amanhã é o dia da decisão. Votem com consciência!

Blog, Linguagem e Mercado

Outubro 4, 2008

Nos dias de hoje, com o uso da internet, está cada vez mais fácil deixar de ser apenas receptor e se tornar, também, um emissor. Através de diversos meios virtuais, principalmente por blogs, as pessoas podem escrever o que pensam, suas teorias, suas críticas e opiniões sobre diversos assuntos.

De acordo com o texto “Blogando você, seu produto ou sua organização para o mundo”, de Hugh Hewitt, os blogs atraem leitores quando os textos mostram reflexão e domínio do assunto através de uma linguagem compreensível. Desta maneira, os blogs também podem ser usados, com um custo muito baixo, para introduzir novos produtos no mercado e estabelecer ou defender uma marca, pois vai estar acessível para todos verem e comentarem, sempre aumentando a vontade das pessoas de obter mais informações sobre aquilo que está sendo anunciado, gerando uma grande divulgação na internet que é uma rede sem limites.

O blog também seria uma oportunidade para as empresas quebrarem as barreiras que existem entre elas e seus consumidores. Como afirma o texto “Manifesto Cluetrain”, as empresas ao atenderem seus consumidores utilizam uma linguagem vazia, fria e, muitas vezes, mecânica, como se eles fossem apenas números, como se não fossem importantes já que, para elas, o que sempre importa mais é o dinheiro, o lucro. O que as empresas muitas vezes esquecem é que os responsáveis por manter o dinheiro e o lucro delas são os consumidores, portanto, eles nunca deveriam ser tratados com inferioridade.

A utilização de blogs pelas empresas permitiria o uso de uma linguagem menos formal e mais cotidiana, mostrando uma igualdade entre a empresa e o consumidor, mostrando um lado mais humano e menos profissional da empresa que deve demonstrar atenção pelos seus clientes e não os tratar como meros números, deixando que eles participem no blog fazendo seus comentários, dando suas respectivas opiniões e sugestões para que a empresa possa servir a eles.

Acho que, nos dias de hoje, as pessoas estão com mais vontade de participar ao invés de só receber informações, elas também querem interagir. As empresas precisam começar a entender este lado e dar maiores oportunidades para ouvir o que o consumidor tem a dizer. Por isso elas podem investir mais no uso de blogs, pois, além de ter um custo baixo para a divulgação de seus produtos e serviços, eles também permitem uma “troca de idéias” entre a empresa e seus clientes em uma linguagem acessível, de maior contato humano. 

O grau de igualdade entre todos deve sempre prevalecer.

Os políticos estão cada vez mais explorando a capacidade de repercussão que a internet possui para a divulgação de suas campanhas eleitorais. Para isso, estão divulgando vídeos em seus sites na internet, onde eles podem ter um maior espaço para a divulgação de suas propostas e eventuais críticas que tenham para fazer, já que o tempo de suas campanhas na televisão é muito limitado. Exemplos de candidatos que aderiram a este meio de divulgação são Luiz Marinho, do PT, e Orlando Morando, do PSDB, ambos candidatos à prefeitura de São Bernardo.

Porém, se por um lado eles estão fazendo uso das inovações tecnológicas, por outro, nos próprios vídeos divulgados na internet, eles também estão usando fotos antigas da infância, onde podem ser percebidas as dificuldades que o candidato passou fazendo com que os eleitores acreditem que, por ele ter um passado sofrido, ele hoje vai ajudar todos os que estão passando por dificuldades.

Eu acho que a internet pode ser um meio que, se bem aproveitado, ajude o candidato a divulgar suas propostas, mostrar suas opiniões sem que tenha as regras pré-estabelecidas impostas pela televisão que oferecem um pequeno espaço de tempo onde mal dá para falar o nome e o número do candidato. Por outro lado, acho que estes vídeos com fotos da infância já se tornam muito apelativos, pois os candidatos tentam ganhar votos através da emoção dos eleitores.

Sou a favor do uso consciente da internet nas campanhas, onde os vídeos divulgados mostrem propostas verdadeiras e coerentes, sem que seja necessário o apelo emocional.

O que é blip.fm?

Setembro 27, 2008

O blip.fm é uma rede social que oferece uma busca de músicas que podem ser ouvidas e indicadas seguidas de comentários breves sobre elas feito pelos usuários.

Cada usuários é uma espécie de um DJ, sendo que em cada pequeno post o usuário coloca o nome de uma música que ele deseja para acompanhar. Assim, o sistema procura a música solicitada e deixa disponível para que todos os que seguem essa pequena rede possam, além de ler o post, ouvir a música sugerida por este usuário. Quem postou também ouve a música de outros usuários, e assim vai havendo uma troca de informações musicais entre os usuários.

Como uma rede social, o blip.fm permite que o usuário adicione seus DJs favoritos em uma lista, sendo que estes podem ser encontrados pelo estilo musical que preferem ou pelo username, e todas as músicas que eles estão ouvindo vão sendo mostradas em tempo real.

Acho que o blip.fm é muito válido como um integrador social, pois através dele as pessoas podem se identificar e se ligar através das músicas que gostam. E também, além de ouvir as próprias músicas, o usuário pode ouvir músicas que os outros estão colocando que muitas vezes ele nem tinha conhecimento ou nem lembrava, gerando assim um contato entre essas pessoas, às vezes por um querer saber um pouco mais sobre uma música específica ou estilo musical que o outro usuário está ouvindo, ou para discutir a qualidade das músicas que ambos conhecem. Isso sem contar que o blip.fm é uma rede social que, como todas as outras, acaba se expandindo e mostrando para um grande número de pessoas tudo que está sendo discutido e avaliado sobre as músicas. Acho que é uma rede onde todos podem interagir, fazer contatos e ainda ampliar o repertório musical, o que eu considero uma das maiores qualidades do blip.fm.

O blip.fm poderia também ser muito bem explorado na questão da publicidade, principalmente com os jingles. Muitos dos jingles criados são lembrados até hoje, mostrando que esta ainda é uma ferramenta muito eficiente. Se os jingles fossem aplicados no blip.fm, eles teriam uma repercussão ainda maior e seriam ainda mais imortalizados, sendo bastante eficientes para estimular a compra dos produtos ou serviços propostos. Outro ponto da publicidade que poderia ser explorado no blip.fm seria a divulgação de eventos musicais e shows em geral, onde fosse colocada uma pequena descrição do evento em questão acompanhada de uma música que faria parte dele. Até para divulgação de novas bandas talvez o blip.fm poderia ser melhor operado.

Acho que o blip.fm ainda pode ser bastante explorado e pode se tornar também um pouco mais conhecido entre os internautas, ocasionando uma maior interação entre pessoas através da música e proporcionando divulgações de grande alcance.

Se você quiser saber um pouco mais sobre blip.fm entre no link: http://www.geracaointernet.com/2008/09/1004/

O que é feed e RSS?

Setembro 26, 2008

RSS é uma tecnologia que permite aos usuários da internet que se cadastrem em sites que forneçam “feed” (fontes) RSS. Estes sites geralmente estão relacionados a notícias ou a blogs, que estão constantemente sendo atualizados. Desta maneira, o Feed RSS recebe as atualizações de diversos sites cadastrados informando o usuário quais foram as atualizações feitas sem que ele precise visitar os sites um por um.

No arquivo RSS são incluídas as descrições das atualizações feitas nos sites como, por exemplo, a data, o autor, o título e o endereço exato de onde estaria aquela informação na página. Este é um tipo de arquivo padrão mundial que é atualizado de poucos em poucos minutos.

O formato dos dados se resume a textos simples, permitindo o recebimento rápido de notícias e informações.

Você pode fazer o uso de RSS através de um programa cliente chamado agregador, onde são incluídos os RSS que o usuário deseja acompanhar ou fazendo o cadastramento em sites específicos, onde também pode incluir os RSS que deseja acompanhar. Um agregador de feed que eu recomendo é o Google Reader, mas você pode clicar no link que segue para mais opções: http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_agregadores_de_feed

A tecnologia RSS tem muita ligação com a definição de leitor imersivo, proposto por Lúcia Santaella, já que este domina os processos de leitura e linguagem midiática, ele possui autonomia para escolher o que vai ler no meio de tantos fragmentos da hipermídia, interagindo com as diversas informações que se multiplicam rapidamente em um quase que insignificante espaço de tempo. 

Na minha opinião, o RSS traz muitas vantagens, pois o usuário, interessado sempre em estar bem informado, pode acompanhar de uma maneira mais rápida e eficiente as atualizações dos sites de seu interesse, sem precisar perder tempo de entrar nos sites um por um e ainda procurar quais foram as últimas atualizações no meio de tanta informação sendo que, às vezes, o site pode nem ter sido atualizado ainda. Cada vez mais, novas ferramentas nos possibilitam selecionar apenas aquilo que nos interessa saber. Na correria dos dias de hoje e com a rede enorme de informações que recebemos diariamente, esta ferramenta é fundamental para que possamos não perder o foco naquilo que realmente nos interessa.

Mais informações sobre RSS e feed você pode ver no link que segue: http://pt.wikipedia.org/wiki/RSS

Todos estavam comentando o mau desempenho da campanha de Geraldo Alckmin. Porém, agora que o candidato mudou a sua equipe de comunicação, todos estão notando que Alckmin tomou uma posição mais agressiva, atacando os seus adversários em suas campanhas, principalmente Gilberto Kassab, seu ex-companheiro de partido.

Geraldo está apontando em suas campanhas as contradições do adversário Kassab, mostrando que o candidato já teve ligação com Paulo Maluf, que poucos amam e muitos odeiam, e já foi secretário de Celso Pitta. Depois, Kassab foi vice de Serra e agora, em 2008, o candidato está junto com Quércia. 

Todo este ataque está valendo o segundo lugar de Alckmin nas eleições de 2008, já que o candidato está disputando a posição com Kassab, enquanto Marta Suplicy lidera as pesquisas de intenção de voto.

Esta estratégia de Alckmin está sendo comparada com a de Mário Covas nas eleições de 1998, quando este se viu ameaçado de ficar fora do segundo turno e adotou como estratégia atacar Paulo Maluf, mostrando que ele nunca esteve do lado do povo e que tinha sido contra ao restabelecimento das eleições diretas em 1984. Coincidência ou não, Covas conseguiu ser eleito.

Talvez este tipo de ataque, mostrando a trajetória do adversário que muitas vezes o eleitor esquece ou nem mesmo tem conhecimento, seja válido para que o eleitor possa realmente formar uma opinião se o passado do seu candidato é comprometor ou não. Mas continuo insistindo que não adianta só falar do passado, pois as propostas que o candidato deve apresentar para o futuro são muito importantes para a decisão do voto da população e uma posterior cobrança da mesma.

Nesta última sexta-feira, dia 19 de setembro, terminou a Semana da Comunicação. Participei de muitas palestras interessantes e consegui ampliar mais o meu conhecimento na área de Comunicação.

Uma das palestras deste último dia que eu achei muito interessante foi a “Search Engine Marketing: agora é marketing de intenção” que teve a participação de Thiago Bacchin, da Cadastra Search Engines Promotion, e também de Alexandre Kavinski, da I-Cherry.

Os palestrantes começaram mostrando como o target e os meios pelos quais conseguimos atingir este público-alvo mudaram muito de pouco tempo para cá. Antes, os meios de comunicação resumiam-se à televisão, ao rádio e à mídia impressa. Hoje em dia, temos também a internet e o celular, que são os meios mais utilizados pelos brasileiros na atualidade, o que amplia as possibilidades de atingir o público-alvo de maneiras diversas. O target também está se tornando cada vez mais segmentado, pois, antes, bastava informar o sexo e a classificação etária de uma pessoa que algum produto queria atingir e, hoje em dia, a empresa se vê obrigada a informar, além do sexo e da classificação etária, a classe social a qual tal pessoa pertence, o estado civil, se possui filhos ou não, entre outros fatores.

Com toda esta segmentação, as empresas unidas aos sites de busca, devem também investir em várias palavras-chave cada vez mais específicas e menos abrangentes sobre os seus produtos, pois, assim, há uma maior chance de que a pessoa que digitar tal palavra e clicar na mesma compre o produto ou pelo menos faça um cadastro no site, convertendo este “click” na palavra-chave em lucro para a empresa, mesmo porque que a empresa, em alguns casos, tem que pagar uma taxa por “click” recebido nas palavras-chave referentes ao seu site.

Os palestrantes também mostraram uma pesquisa que aponta que os três primeiros resultados que aparecem em um site de busca quando é digitada uma palavra-chave, são 100% vistos pelos internautas que procuram por tal palavra. Passando das três primeiras posições, o site vai perdendo visibilidade e, passando das dez primeiras posições, ele tem uma visibilidade nula. Por isso, os sites também devem investir nos seus respectivos conteúdos, pois, quanto mais informação ele tiver para oferecer, o site de busca vai avaliar ele como mais importante, classificando-o nas primeiras colocações do resultado de busca.

Achei a palestra muito interessante, pois nunca consegui entender como que funcionavam os sites de busca, como eles classificavam os resultados obtidos, como que funcionava todo este processo que envolve uma palavra-chave e como uma empresa pode obter lucro através destes sites. Acho que os palestrantes conseguiram explicar de uma maneira muito clara todos estes aspectos.

Espero que, a partir deste post, também consiga fazer com que mais pessoas entendam este mecanismo.